Obesidade, Hormônios e Bem-Estar Emocional: uma relação perigosa!
Ei Família Inteligência Bariátrica,
Hoje, quero conversar com vocês sobre um tema que afeta a saúde de muitas pessoas: a relação entre obesidade, hormônios e bem-estar emocional.
Já pensou por que, muitas vezes, a obesidade está associada a sentimentos de insatisfação e depressão? Certamente, a resposta está mais profunda do que imaginamos, nos complexos mecanismos do nosso corpo.
A Inflamação Silenciosa e a Leptina
Sabemos que a obesidade desencadeia uma série de processos inflamatórios crônicos em nosso organismo. E essa inflamação silenciosa influencia diversos sistemas, incluindo o nosso cérebro.
Um dos hormônios diretamente que atua nesse processo é a leptina. Também conhecida como o "hormônio da saciedade", a leptina é produzida pelas células adiposas (de gordura!) e exerce a função de sinalizar ao cérebro que estamos satisfeitos, diminuindo o nosso apetite.
Quando uma pessoa está em obesidade, os níveis de leptina dela tendem a ser elevados. E ao invés de sentir saciedade, essa pessoa frequentemente sente fome excessiva. Essa resistência à leptina, acaba induzindo a pessoa a um ciclo vicioso de consumo excessivo de alimentos e ganho de peso.
A Depressão, a Insatisfação e a Insônia
A leptina também desempenha um papel importante na regulação do humor e do sono, e os níveis elevados e desregulados desse hormônio também podem contribuir para o desenvolvimento de sintomas depressivos, como tristeza, falta de interesse em atividades prazerosas e alterações no sono.
A insônia, por sua vez, já é um problema comum em pessoas com depressão e, muitas vezes, ela pode agravar os sintomas depressivos. Não dormir interfere na produção de diversos neurotransmissores que regulam o humor e o bem-estar.
A Grelina e os Hábitos Não Saudáveis
Outro hormônio que merece destaque nessa conversa é a grelina. Se a leptina sinaliza saciedade, a grelina estimula o apetite. Em pessoas com obesidade, essa relação entre leptina e grelina pode estar alterada, com níveis elevados de grelina e resistência à leptina, dificultando o autocontrole da pessoa na hora da alimentação.
Tudo isso só nos mostra que a obesidade não é apenas uma questão estética, mas sim uma doença complexa que envolve fatores genéticos, metabólicos, psicológicos e sociais. Os maus hábitos como sedentarismo, alimentação rica em alimentos processados e ultra processados, e o estresse crônico agravam o quadro e dificultam o tratamento.
O que fazer então?
Precisamos compreender que a relação entre obesidade, hormônios e bem-estar emocional é o primeiro passo para buscar ajuda. Se você está enfrentando dificuldades para controlar o peso e está sentindo-se triste ou desmotivado, procure um profissional de saúde. Um acompanhamento multidisciplinar, que envolva nutricionista, educador físico e psicólogo, pode ser fundamental para alcançar seus objetivos e melhorar sua qualidade de vida.
Se houver problemas de saúde associados, considere a possibilidade da cirurgia bariátrica, pois um dos benefícios da cirurgia está exatamente na redução da produção de grelina e o aumento da sensibilidade à leptina. Regulando o apetite e o metabolismo, e contribuindo para a manutenção do peso a longo prazo.
Lembre-se: Com o apoio adequado, é possível reverter esse quadro e conquistar uma vida mais saudável e feliz.
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Até a próxima!